terça-feira, 13 de março de 2012

A Cruz de Morrigan

Finalmente a universidade permitiu-me acabar de ler este livro. Estava difícil arranjar um tempinho para acabar o primeiro volume desta saga. Se, como já se veio a tornar hábito, Nora Roberts não desiludiu em termos de personagens, desiludiu no que toca ao início do livro. Não me refiro a cenas ou descrições, muito pelo contrário, adorei as cenas criadas e o ambiente vivido durante toda a narrativa. O que deixou um pouco a desejar foi a maneira como as personagens se encontraram no início, a maneira como todos eles, talvez com excepção do Larkin, acreditaram de imediato e sem protestos no que a deusa Morrigan lhes transmitiu. Não puseram nada em causa e aceitaram rapidamente o seu "destino". À parte esse pequeno aspecto, adorei simplesmente o livro. Passado a primeira estranheza quanto à prontidão das personagens para "morrer pela causa", tenho que dizer que fiquei cativada pelo restante enredo. O ponto alto deste romance foram, na minha opinião, as personagens. Fiquei absolutamente deslumbrada pela profundidade de todas as personagens e extremamente curiosa quanto aos restantes livros. Após a pequena desilusão inicial, a autora conseguiu dar a volta a essa questão aprofundando os motivos que levaram cada um dos protagonistas à acção presente, motivos esses que fazem agora muito mais sentido. Quanto ao habitual par que protagoniza o romance, senti-me muito solidária para com Hoyt. Adorei a ingenuidade, que ao mesmo tempo não o é, que o caracteriza: a ligação que ele ainda sente com o irmão, a dor de saber que a sua família ficou para trás e a solidão presente nos seus poderosos olhos. Os seus olhos, tão expressivos, quer das suas emoções quer dos seus poderes, são definitivamente algo que marca a personagem. Glenna revelou-se, para mim, como a figura "maternal" da casa. Ela cuida de todos com igual carinho, dedicação, trata das tarefas domésticas e também de pôr algumas das personagens na "ordem", dando os devidos raspanetes.
Outra coisa da qual gostei muito no desenvolvimento das personagens foi a sua humanidade. Todos eles, ainda que possam não o demonstrar, têm fraquezas, sejam elas do foro físico ou psicológico, não são guerreiros perfeitos, nem perto disso, mas também não são humanos (ou no caso de Cian vampiros) perfeitos.
Quanto ao que espero dos próximos volumes posso dizer que estou muito curiosa quanto à história de Blair,  e gostava muito de saber mais sobre Larkin (pareceu-me que ele foi a personagem menos desenvolvida). Estou em pulgas para saber mais sobre Cian, personagem deveras sarcástica mas que nos prende a atenção de imediato, e também de Moira que apesar da sua aparente fragilidade emocional e física deixou em mim um bichinho atrás da orelha, daí que quero definitivamente ver muito mais deste parzinho que promete trazer muitos suspiros e sorrisos.

Fica aqui a minha opinião com a certeza de que comprarei o próximo volume e o aguardarei com anseio

Bjs e boas leituras
Mafs

Nenhum comentário:

Postar um comentário